Cenas literárias. Textos cenográficos. Relações improváveis entre futebol e culturas inúteis. Ou mera imaginação.

domingo, 13 de junho de 2010

De vagabunda à popstar


Falaram tanto que agora ela é uma celebridade. Assunto em todas as rodas de resenha esportiva. Olha aí a Jabulani pelada. Que branquela sem graça.

Outras bolas menos famosas









Impecável – nada mais a declarar


Um piano de cauda tem 58 mecanismos internos que se articulam, de forma absurdamente engenhosa, para fazer o movimento que resulta no som.

A Alemanha hoje funcionou como um piano. Um piano da Mercedez-Benz.

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Em tempo: Fiz uma pesquisa pra escrever esse texto e achei uma imagem interessante. É um croqui do mecanismo de um piano de cauda. Se tiver curiosidade de conhecer, clica aqui.
http://piano.kit.net/mecanismocauda.htm

Pouca bola, muitos números


Um jogo cheio de informações paralelas.

Ex-patriados - 100% dos jogadores iniciaram a partida, de Gana e da Sérvia, jogam em clubes fora do seu país.

Preguiça - O número de chutes a gol no primeiro tempo foi: Gana 0, Servia 0. Isso mesmo. Nenhum chute a gol em 45 minutos. Duas seleções que chegaram à Copa do Mundo?

Corre-corre - A transmissão dessa copa está demais. De acordo com os dados da FIFA, a média de velocidade durante a partida foi de 21km/h para Gana e 18km/h para Sérvia. Africano corre mais mesmo.

Renovação - A Sérvia tem a seleção com a menor média de idade nessa copa: 22 anos e 155 dias. Na última copa, ainda como Sérvia-Montenegro, o time já era demasiadamente experiente.

Estreante-veterana - A Sérvia, com esse nome, disputa pela primeira vez. A ex-Ioguslávia disputou 11 copas e se dissolveu em muitos países. Dois deles estão nessa copa: Sérvia e Eslovênia.

Grande família - 80% dos jogadores da Sérvia têm nomes que terminam com “IC”.

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Em tempo: Três dias de Copa do Mundo. Até agora, muitos jogos ruins e poucos gols. 9 em 7 jogos. Média de 1,28 por jogo.

Um Lexotan para Zidane


Existem seleções que nos fazem questionar os critérios para a definição de quem vai disputar a copa.

Tudo bem, a FIFA cada vez mais se empenha em expandir as fronteiras do futebol. Prova disso é a escolha de países onde o esporte “ainda” não é tão famoso para sediar o evento e a participação de representantes dos 5 continentes. No final das contas, o resultado é que em todos os grupos existem uma seleção “baba”.

Nesse caso, duas seleções fraquíssimas caíram na mesma chave e o jogo foi irresistivelmente sonolento.

Vai uma sugestão. Da mesma forma que, na hora do sorteio dos grupos, a FIFA separa as melhores seleções como cabeças-de-chave, poderia fazer o mesmo com as piores. É só criar mais uma categoria: os cabeças-de-bagre. Evitaria jogos melancólicos como esse.

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Em tempo: O craque-carrasco francês Zidane, filho de argelinos, foi ao estádio para ver a partida. Só não dormiu durante o jogo porque os outros torcedores não lhe deram sossego, pedindo fotos e autógrafos.