Cenas literárias. Textos cenográficos. Relações improváveis entre futebol e culturas inúteis. Ou mera imaginação.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

60 anos do Maracanã


Hoje, o maior do mundo faz aniversário. Vale lembrar algumas histórias.

O nome do estádio é Mário Filho. O homenageado era irmão do escritor Nelson Rodrigues e foi o responsável pelo crescimento e pela importância do futebol carioca na década de 40. Até então, o esporte bretão era coisa da ralé, jogo de periferia. Como diretor
do Jornal dos Sports, criou um clima diferente para falar do assunto. Deu no que deu.

O Maracanã foi construído especialmente para a copa de 1950. Agora, está sendo reformado para uma nova copa. Vai ficar um brinco e será palco de tantas outras histórias, como o Maracanaço. No dia em que superaríamos nosso “complexo de vira-latas”, tinha um Barbosa no meio do caminho. Disse Nelson Rodrigues que o Brasil perdeu na véspera, criticando o clima já-ganhou que tomava o país. Foi um terremoto avassalador na alma brasileira.

Uma vez, durante a inspeção da FIFA nos estádios brasileiros, o Maracanã foi visitado. Quando a comitiva chegou ao gramado, um gaiato jogou uma bola no campo. Os grã-finos de ternos importados não tiveram dúvida: tiraram os paletós e começaram a bater pênaltis uns nos outros. Perderam a compostura completamente. Pareciam crianças, rindo, brincando, rolando no chão. Quem não tem vontade de estufar as redes daquele templo sagrado?

O milésimo gol de Pelé foi no Maracanã, contra o Vasco. Conta a história que entre o gol 999 e o 1000, o Rei jogou três partidas, uma delas no nordeste. Dizem que o prefeito ofereceu uma bolada para que o gol saísse em sua cidade. Seria a fama instantânea e eterna. Mas para o bem do futebol, o Maraca recebeu o gol que fez o Rei virar deus. Melhor que isso, só se fosse no Vaticano.

Falando nisso, em 1980, o Papa João Paulo II começou sua peregrinação pelo mundo e colocou o Brasil na turnê. Dizem que na hora de escolher o lugar da missa campal, ele “pediu” para celebrar a missa do Rio de Janeiro no Maracanã. Publico pagante: 160 mil.

Segue o link com fotos históricas.


http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/fotos/2010/06/veja-fotos-da-historia-do-maracana.html

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