Cenas literárias. Textos cenográficos. Relações improváveis entre futebol e culturas inúteis. Ou mera imaginação.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lembrando Armando

Uma vez, o Santos estava excursionando pela África. Jogava de dois em dois dias. Verdadeiros ciganos do futebol. A rotina era sempre a mesma: O Santos chegava à cidade no dia da partida, jogava e, no estádio mesmo, recebia o dinheiro. Pegava o avião e ia vender seu peixe em outra freguesia.

Um dia, o Santos joga em Marrocos. Na hora de receber o dinheiro, o empresário comunica: o cachê não está aqui. O rei Hassan mandou dizer que o dinheiro está com ele e que só entrega se o Pelé for buscar, pessoalmente. Pelé entrou no carro, foi ao palácio deu autógrafos à família real, tirou fotos com o rei e saiu com a erva do Santos num envelope com o emblema real bordado em fios de ouro.

(Pelé e o Tempo, texto de Armando Nogueira)

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